segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Vê se esquece

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Ai, meu Deus. Eu não mereço. Fiquei aqui escrevendo texto velho de quando não acontecia nada e olha no que deu. Gente, isso é texto velho. Quando eu ainda só olhava pra ele de longe mesmo com ele estando do lado. Que coisa. Aí tenho que vir aqui e explicar que está tudo bem. Que eu comprei um ventilador pra gente e mês que vem teremos panelas novas. Que ele agora cutucou minha perna na cama (por que agora escrevo no lap top dele) e disse uma coisa bonita, depois sorriu e fechou os olhos. E não precisamos andar juntos o tempo ou fazer sempre as mesmas coisas pra que dê certo. Somos duas pessoas diferentes e que estão tentando construir uma vida juntos. Sem atrapalhar ninguém. E eu não vou largar as ruguinhas de preocupação da testa dele nem fudendo. Assim como sei que no fim de todos os dias, ele vai sorrir esse sorriso e dormir com a mão sobre a minha perna. Que amar ele não dói nem um pouco por que amor não pode doer. Se doer é por que já está tudo errado, desde o começo, e tem alguém profundamente enganado.
E é assim que ficamos. Seguindo avante, sempre, na mesma calçada.
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